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Políticos de MT usaram R$ 7,4 mi de 'banco clandestino', diz Procuradoria

Suspeito de receber R$ 4 mi, governador diz que não teve acesso a autos

A Procuradoria Geral da República (PGR) suspeita que o governador de Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB), e o prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), tentaram ocultar a origem de R$ 7,4 milhões recebidos de um "banco clandestino" para aplicar os recursos em campanhas eleitorais.

As informações constam de documento enviado pela Procuradoria ao Supremo e foram usadas como argumento para fundamentar pedido de busca e apreensão na casa do governador e na residência e no gabinete do prefeito. As apreensões foram autorizadas pelo ministro do Supremo Dias Toffoli dentro da Operação Ararath da Polícia Federal, deflagrada nesta terça-feira (20).

O prefeito nega a tentativa de ocultar o recebimento de valores uma vez que teria declarado no imposto de renda o empréstimo e também o repasse do valor para a campanha eleitoral. O governador afirma que ainda não teve acesso aos autos.

As apreensões foram pedidas pela Procuradoria em razão de denúncia feita pelo empresário de Mato Grosso Gércio Marcelino Mendonça Filho, que teria realizado empréstimos entre 2005 e 2013 por meio de uma empresa de "factoring" (especializada em empréstimos) e de sua rede de postos de combustíveis, que funcionavam como uma instituição financeira "clandestina", conforme a Procuradoria, uma vez que não havia autorização do Banco Central para operar com as operações.

Gércio Marcelino fez acordo de delação premiada com a Procuradoria para contar como "auxiliou seus tomadores [de crédito] na ocultação da origem de recursos recebidos".

De acordo com o pedido feito pelo Ministério Público ao ministro Dias Toffoli, relato do empresário indica que o governador pediu em setembro de 2010 empréstimo de R$ 7 milhões para utilizar na campanha à reeleição, mas que Gércio Marcelino disponibilizou R$ 4 milhões por meio de vários cheques de sua empresa de combustíveis, em dinheiro e mediante o pagamento de contas de campanha.

A Procuradoria cita que, em depoimento no dia 24 de abril deste ano, o empresário afirmou que se reuniu com o governador para o "acerto de contas" do empréstimo e que Silval Barbosa mantinha um caderno espiral com todas as dívidas.

O Ministério Público queria busca e apreensão na residência do governador e no gabinete, mas o ministro Dias Toffoli apenas autorizou a busca na residência e apontou a importância de se localizar o caderno indicado pela Procuradoria.

A assessoria do governador informou que nenhum caderno foi apreendido durante a operação de busca e apreensão. A assessoria completou que o governador não poderia fazer "juízo de valor" sobre a ação da Polícia Federal uma vez que não teve acesso ao teor das suspeitas.

21 de JUN de 2014 às 10:39:05
Fonte: G1
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A Procuradoria Geral da República (PGR) suspeita que o governador de Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB), e o prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), tentaram ocultar a origem de R$ 7,4 milhões recebidos de um "banco clandestino" para aplicar os recursos em campanhas eleitorais.

As informações constam de documento enviado pela Procuradoria ao Supremo e foram usadas como argumento para fundamentar pedido de busca e apreensão na casa do governador e na residência e no gabinete do prefeito. As apreensões foram autorizadas pelo ministro do Supremo Dias Toffoli dentro da Operação Ararath da Polícia Federal, deflagrada nesta terça-feira (20).

O prefeito nega a tentativa de ocultar o recebimento de valores uma vez que teria declarado no imposto de renda o empréstimo e também o repasse do valor para a campanha eleitoral. O governador afirma que ainda não teve acesso aos autos.

As apreensões foram pedidas pela Procuradoria em razão de denúncia feita pelo empresário de Mato Grosso Gércio Marcelino Mendonça Filho, que teria realizado empréstimos entre 2005 e 2013 por meio de uma empresa de "factoring" (especializada em empréstimos) e de sua rede de postos de combustíveis, que funcionavam como uma instituição financeira "clandestina", conforme a Procuradoria, uma vez que não havia autorização do Banco Central para operar com as operações.

Gércio Marcelino fez acordo de delação premiada com a Procuradoria para contar como "auxiliou seus tomadores [de crédito] na ocultação da origem de recursos recebidos".

De acordo com o pedido feito pelo Ministério Público ao ministro Dias Toffoli, relato do empresário indica que o governador pediu em setembro de 2010 empréstimo de R$ 7 milhões para utilizar na campanha à reeleição, mas que Gércio Marcelino disponibilizou R$ 4 milhões por meio de vários cheques de sua empresa de combustíveis, em dinheiro e mediante o pagamento de contas de campanha.

A Procuradoria cita que, em depoimento no dia 24 de abril deste ano, o empresário afirmou que se reuniu com o governador para o "acerto de contas" do empréstimo e que Silval Barbosa mantinha um caderno espiral com todas as dívidas.

O Ministério Público queria busca e apreensão na residência do governador e no gabinete, mas o ministro Dias Toffoli apenas autorizou a busca na residência e apontou a importância de se localizar o caderno indicado pela Procuradoria.

A assessoria do governador informou que nenhum caderno foi apreendido durante a operação de busca e apreensão. A assessoria completou que o governador não poderia fazer "juízo de valor" sobre a ação da Polícia Federal uma vez que não teve acesso ao teor das suspeitas.

21 de JUN de 2014 às 10:39:05
Fonte: G1