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Mulher perde 27 quilos e doa parte de fígado para criança com câncer

Tatiana descobriu que era a única doadora compatível com uma criança de 4 anos que poderia morrer a qualquer momento

Dona Maria sempre fez o papel de mãe. Para ela, o menino é mais que um filho. “Ah, minha vida. Minha vida é este aqui, ó”, diz ela ao mostrar o neto.

Uma das primeiras palavras que João aprendeu a pronunciar foi: “Forte”, ele conta.

Forte, o menino precisou ser forte muito cedo. “É um guerreiro, por tudo que passou e ainda está vivo até agora.”, define a avó.

João tinha 2 anos quando a família descobriu a doença: um tumor no fígado.

“Eu caí dura na cadeira, eu acordei com um senhor me dando um copo d’água. Eu penso que se acontecer alguma coisa com ele eu não vou aguentar”, lembra Dona Maria.

A mãe do menino, Juliana Aparecida dos Santos, que vivia longe, voltou para ajudar a cuidar do filho. “Ele veio, eu acho que, na minha vida para me ensinar as coisas”, ela diz.

Começava ali uma rotina de hospitais, exames e quimioterapia. Uma luta que o Fantástico acompanha desde abril.

“Ele pesava 14 quilos quando descobriram a doença dele. Ele foi para 7 quilos. Perdeu metade”, conta a avó.

“A localização, o local do fígado, o cirurgião não consegue tirar completamente.”, explica Juliana Dacorégio, oncologista.

A única chance de salvar a vida de João era um transplante de fígado.

“Ele pode morrer de uma hora para outra. Ele pode estar brincando ali e morrer. É urgente”, diz a avó.

Em busca de uma doadora

A primeira alternativa foi procurar um doador entre os parentes. A única pessoa da família compatível para doar o fígado era uma tia de João, mas ela descobriu que estava grávida e não pôde fazer a cirurgia. A esperança de encontrar um doador estava quase perdida. Desesperada, a avó do menino foi a uma igreja pedir oração para o neto. Foi lá que Tatiana e João se encontraram pela primeira vez.

Tatiana sentiu compaixão: “Vontade de pegar no colo, de dizer para ele que tudo iria ficar bem. Aquele sentimento de misericórdia, de se colocar no lugar do outro. De imaginar esta correria de hospital, de agulhas, dores, períodos longos fora de casa. E pensei: ‘se eu puder fazer alguma coisa, eu vou fazer. Se eu puder de alguma forma tentar mudar o curso da história da vida dele eu vou tentar fazer’”, conta ela.

Naquele momento, ela tomou uma decisão que também mudaria a sua vida: doar parte do próprio fígado. “Foi amor”, ela define.

Amor por alguém que ela não conhecia, que estava encontrando pela primeira vez.

01 de SET de 2014 às 10:25:38
Fonte: G1
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Dona Maria sempre fez o papel de mãe. Para ela, o menino é mais que um filho. “Ah, minha vida. Minha vida é este aqui, ó”, diz ela ao mostrar o neto.

Uma das primeiras palavras que João aprendeu a pronunciar foi: “Forte”, ele conta.

Forte, o menino precisou ser forte muito cedo. “É um guerreiro, por tudo que passou e ainda está vivo até agora.”, define a avó.

João tinha 2 anos quando a família descobriu a doença: um tumor no fígado.

“Eu caí dura na cadeira, eu acordei com um senhor me dando um copo d’água. Eu penso que se acontecer alguma coisa com ele eu não vou aguentar”, lembra Dona Maria.

A mãe do menino, Juliana Aparecida dos Santos, que vivia longe, voltou para ajudar a cuidar do filho. “Ele veio, eu acho que, na minha vida para me ensinar as coisas”, ela diz.

Começava ali uma rotina de hospitais, exames e quimioterapia. Uma luta que o Fantástico acompanha desde abril.

“Ele pesava 14 quilos quando descobriram a doença dele. Ele foi para 7 quilos. Perdeu metade”, conta a avó.

“A localização, o local do fígado, o cirurgião não consegue tirar completamente.”, explica Juliana Dacorégio, oncologista.

A única chance de salvar a vida de João era um transplante de fígado.

“Ele pode morrer de uma hora para outra. Ele pode estar brincando ali e morrer. É urgente”, diz a avó.

Em busca de uma doadora

A primeira alternativa foi procurar um doador entre os parentes. A única pessoa da família compatível para doar o fígado era uma tia de João, mas ela descobriu que estava grávida e não pôde fazer a cirurgia. A esperança de encontrar um doador estava quase perdida. Desesperada, a avó do menino foi a uma igreja pedir oração para o neto. Foi lá que Tatiana e João se encontraram pela primeira vez.

Tatiana sentiu compaixão: “Vontade de pegar no colo, de dizer para ele que tudo iria ficar bem. Aquele sentimento de misericórdia, de se colocar no lugar do outro. De imaginar esta correria de hospital, de agulhas, dores, períodos longos fora de casa. E pensei: ‘se eu puder fazer alguma coisa, eu vou fazer. Se eu puder de alguma forma tentar mudar o curso da história da vida dele eu vou tentar fazer’”, conta ela.

Naquele momento, ela tomou uma decisão que também mudaria a sua vida: doar parte do próprio fígado. “Foi amor”, ela define.

Amor por alguém que ela não conhecia, que estava encontrando pela primeira vez.

01 de SET de 2014 às 10:25:38
Fonte: G1