O prefeito do Crato, Ronaldo Gomes de Matos, o secretário do governo, Rafael Branco, e dois empresários foram ouvidos na tarde desta quinta-feira (13), pelo Ministério Público (MP-CE). Eles estão sendo investigados pelo MP-CE por suposto envolvimento por compra de votos na Câmara Municipal do Crato. O caso ficou conhecido como "Mensalão do Crato".

O prefeito Ronaldo Gomes de Matos chegou acompanhado peloS advogados. Em entrevista para jornalistas,  mais uma vez, ele negou qualquer envolvimento na compra dos votos de parlamentares. “Isso não existe. Acredito que isso seja uma formação para prejudicar o nosso governo”, disse. Também compareceram ao MP-CE dois empresários e o secretário de governo do Crato, Rafael Branco.

A denúncia é de que o atual prefeito teria pago a nove vereadores pelo menos R$ 50 mil para desaprovarem as contas do ex-prefeito do município, Samuel Araripe. No entanto, nesta semana, a Justiça decidiu arquivar a ação cautelar e liberou o retorno dos vereadores ao trabalho. Em 2014, o MP-CE decidiu afastar por 30 dias cinco dos nove vereadores investigados neste processo.

"Nós vamos recorrer da decisão que arquivou o procedimento cautelar. Iremos ouvir o prefeito, o secretário de governo e os empresários para concluir os trabalhos e imediatamente entraremos com a ação principal", afirmou o promotor de Justiça, Lucas Felipe.

Agora os promotores do Ministério Público querem reunir até a semana que vem mais provas que fundamentem o suporto esquema de compra de votos na Câmara Municipal do Crato.

Para os advogados de defesa o MP-CE não possui provas para continuar as investigações. "Ficou caracterizado que eles não possuem provas contra os acusados", disse um dos advogados do prefeito, Leopoldo Martins.