(Zap) 88 9 9359 0525

Ceará tem 23 cidades com "alta vulnerabilidade" climática, segundo menor número em 17 anos

Segundo o estudo, a cidade de Monsenhor Tabosa foi a mais vulnerável no primeiro semestre deste ano

Dos 184 municípios cearenses, 23 (12.5%) estão em "alta vulnerabilidade" nos aspectos climatológicos, agrícolas e sociais, segundo estudo do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), divulgado na última sexta-feira (14). Os resultados têm como base o Índice Municipal de Alerta (IMA), referente ao primeiro semestre deste ano (janeiro a junho).

Neste ano, o Ceará registrou o segundo menor número de Municípios em alta vulnerabilidade desde o início da série histórica, em 2004. O objetivo do IMA é identificar as cidades mais vulneráveis a problemas ocasionados por irregularidades climáticas. O instrumento disponibiliza informações técnicas para adoção de ações voltadas a soluções temporárias e permanentes nestas cidades.

O analista de Políticas Públicas e autor da pesquisa, Cleyber Nascimento, aponta que o Ceará tem 90% do território inserido no semiárido, o que potencializa a necessidade do estudo. "Uma característica comum (dessas regiões) é a ocorrência de secas períodicas. O Ipece calcula o IMA para contribuir com um instrumento de planejamento e gestão".

O índice é calculado anualmente, sempre após a quadra chuvosa (fevereiro a maio), usado para identificar os municípios mais vulnerváveis, com maiores necessidades de políticas de assistência e distribuição hídrica.

Resultados

Os cinco municípios que apresentaram os maiores valores, neste ano, foram: Monsenhor Tabosa, Catarina, Abaiara, Boa Viagem e Pedra Branca. Por outros lado, 24 cidades apresentaram baixa vulnerabilidade às adversidades climáticas. Os cinco considerados menos vulneráveis são: IbiapinaSão BeneditoGuaraciaba do NorteMoraújo e Ubajara.

Segundo o documento, estas regiões concentram os municípios com maiores precipitações pluviométricas neste ano e também possuem "boas condições de infraestrutura hídrica, melhor situação relativa de produção agrícola e satisfatórios indicadores de assistência social”. Nascimento destaca, no entanto, que a maior parte dos municípios se concentra nas classes de média-alta e média vulnerabilidade. 

  • Média: 0,6391
  • Máximo: 0,8414 
  • Mínimo: 0,3511 

*Quanto mais próximo de 1, mais vulnerável é o município.

Melhora

No primeiro semestre deste ano, também houve uma melhora no indicadores de 42 cidades em comparação ao ano passado, o que “evidencia uma diminuição da vulnerabilidade aos fatores climatológicos e agrícolas nestes municípios”, aponta o estudo. Segundo Nascimento, a quadra chuvosa, acima da média, contribuiu significativamente para o resultado.

18 de AGO de 2020 às 09:45:05
Fonte: DIÁRIO DO NORDESTE
imagem

Dos 184 municípios cearenses, 23 (12.5%) estão em "alta vulnerabilidade" nos aspectos climatológicos, agrícolas e sociais, segundo estudo do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), divulgado na última sexta-feira (14). Os resultados têm como base o Índice Municipal de Alerta (IMA), referente ao primeiro semestre deste ano (janeiro a junho).

Neste ano, o Ceará registrou o segundo menor número de Municípios em alta vulnerabilidade desde o início da série histórica, em 2004. O objetivo do IMA é identificar as cidades mais vulneráveis a problemas ocasionados por irregularidades climáticas. O instrumento disponibiliza informações técnicas para adoção de ações voltadas a soluções temporárias e permanentes nestas cidades.

O analista de Políticas Públicas e autor da pesquisa, Cleyber Nascimento, aponta que o Ceará tem 90% do território inserido no semiárido, o que potencializa a necessidade do estudo. "Uma característica comum (dessas regiões) é a ocorrência de secas períodicas. O Ipece calcula o IMA para contribuir com um instrumento de planejamento e gestão".

O índice é calculado anualmente, sempre após a quadra chuvosa (fevereiro a maio), usado para identificar os municípios mais vulnerváveis, com maiores necessidades de políticas de assistência e distribuição hídrica.

Resultados

Os cinco municípios que apresentaram os maiores valores, neste ano, foram: Monsenhor Tabosa, Catarina, Abaiara, Boa Viagem e Pedra Branca. Por outros lado, 24 cidades apresentaram baixa vulnerabilidade às adversidades climáticas. Os cinco considerados menos vulneráveis são: IbiapinaSão BeneditoGuaraciaba do NorteMoraújo e Ubajara.

Segundo o documento, estas regiões concentram os municípios com maiores precipitações pluviométricas neste ano e também possuem "boas condições de infraestrutura hídrica, melhor situação relativa de produção agrícola e satisfatórios indicadores de assistência social”. Nascimento destaca, no entanto, que a maior parte dos municípios se concentra nas classes de média-alta e média vulnerabilidade. 

  • Média: 0,6391
  • Máximo: 0,8414 
  • Mínimo: 0,3511 

*Quanto mais próximo de 1, mais vulnerável é o município.

Melhora

No primeiro semestre deste ano, também houve uma melhora no indicadores de 42 cidades em comparação ao ano passado, o que “evidencia uma diminuição da vulnerabilidade aos fatores climatológicos e agrícolas nestes municípios”, aponta o estudo. Segundo Nascimento, a quadra chuvosa, acima da média, contribuiu significativamente para o resultado.

18 de AGO de 2020 às 09:45:05
Fonte: DIÁRIO DO NORDESTE