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Concurso IFCE termina em tumulto após problemas

O concurso do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), realizado ontem, para preencher 261 vagas na área técnico-administrativa, terminou em confusão depois de uma série de problemas na realização do certame. Um grande número de candidatos se recusou a fazer a prova devido ao atraso para o início e também porque vários exames não estavam lacrados.

Na EEFM João Tomé, no bairro Montese, o teste começou somente às 18h, duas horas após o previsto no edital lançado pelo órgão no último dia 17. Em protesto, alguns candidatos se recusaram a entrar nas salas.

Mesmo com a prova acontecendo, um dos portões da escola, localizada na Rua Elvira Pinho, continuou aberto e qualquer pessoa podia entrar e sair a todo momento. Isso fere o artigo 7.7 do edital publicado pelo Instituto no último dia 14 de maio.

Segundo o professor Diego Tarcísio, que fazia o exame para nível médio, devido à demora na realização da prova, candidatos que começaram no horário certo já haviam divulgado o gabarito na internet, por meio das redes sociais. “Como vamos fazer uma prova de quatro horas depois de todo esse problema? Ninguém tem mais clima ou condição emocional de participar desse exame”, reclamou.


Além disso, ele afirmou que muitas pessoas constataram que os testes não estavam lacrados, deixando assim a lisura do certame em xeque. “Mesmo assim, os fiscais ainda querem aplicar a prova. Isso não pode acontecer”, reclamou.

O professor Edinei Carlos, que também estava realizando o exame, lembrou que esses não são os primeiros problemas deste concurso. “As datas de inscrição foram alteradas, os horários e locais de prova também. Isso aconteceu sem ninguém ser avisado”, disse.

Ele ainda ressaltou que muitas pessoas vieram de outras cidades e até estados. “Tem candidato com passagem de volta marcada para as 20h. Como ele vai ficar quatro horas fazendo uma prova que começou às 18h?”

Mudanças

A assistente social Tarciana Ferreira nem ao menos pôde realizar o exame, pois o horário foi modificado, no último sábado (21), e ela não havia sido informada. “Faria o concurso para o cargo de técnico de assuntos educacionais. No dia 17 me informei, no site do IFCE, que a prova seria às 16h, porém, ao chegar no local, descobri que o teste já havia sido realizado pela manhã”. Tarciana declarou que pensa, junto com outros candidatos prejudicados, em entrar na Justiça Federal em busca de ajuda.

Em nota, o IFCE informou que as provas aplicadas durante a manhã transcorreram normalmente. Nos testes da tarde, foram registradas ocorrências. O motivo foi o atraso na entrega das provas decorrente de falha em sistema informatizado da empresa terceirizada contratada. Hoje, deve ser concluído o mapeamento dos problemas nas provas de nível D, e o Instituto se manifestará sobre possível anulação do concurso para os cargos afetados. A entidade acrescentou que está tomando todas as medidas para garantir a isonomia entre os candidatos.


23 de JUN de 2014 às 08:15:02
Fonte: DIÁRIO DO NORDESTE
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O concurso do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), realizado ontem, para preencher 261 vagas na área técnico-administrativa, terminou em confusão depois de uma série de problemas na realização do certame. Um grande número de candidatos se recusou a fazer a prova devido ao atraso para o início e também porque vários exames não estavam lacrados.

Na EEFM João Tomé, no bairro Montese, o teste começou somente às 18h, duas horas após o previsto no edital lançado pelo órgão no último dia 17. Em protesto, alguns candidatos se recusaram a entrar nas salas.

Mesmo com a prova acontecendo, um dos portões da escola, localizada na Rua Elvira Pinho, continuou aberto e qualquer pessoa podia entrar e sair a todo momento. Isso fere o artigo 7.7 do edital publicado pelo Instituto no último dia 14 de maio.

Segundo o professor Diego Tarcísio, que fazia o exame para nível médio, devido à demora na realização da prova, candidatos que começaram no horário certo já haviam divulgado o gabarito na internet, por meio das redes sociais. “Como vamos fazer uma prova de quatro horas depois de todo esse problema? Ninguém tem mais clima ou condição emocional de participar desse exame”, reclamou.


Além disso, ele afirmou que muitas pessoas constataram que os testes não estavam lacrados, deixando assim a lisura do certame em xeque. “Mesmo assim, os fiscais ainda querem aplicar a prova. Isso não pode acontecer”, reclamou.

O professor Edinei Carlos, que também estava realizando o exame, lembrou que esses não são os primeiros problemas deste concurso. “As datas de inscrição foram alteradas, os horários e locais de prova também. Isso aconteceu sem ninguém ser avisado”, disse.

Ele ainda ressaltou que muitas pessoas vieram de outras cidades e até estados. “Tem candidato com passagem de volta marcada para as 20h. Como ele vai ficar quatro horas fazendo uma prova que começou às 18h?”

Mudanças

A assistente social Tarciana Ferreira nem ao menos pôde realizar o exame, pois o horário foi modificado, no último sábado (21), e ela não havia sido informada. “Faria o concurso para o cargo de técnico de assuntos educacionais. No dia 17 me informei, no site do IFCE, que a prova seria às 16h, porém, ao chegar no local, descobri que o teste já havia sido realizado pela manhã”. Tarciana declarou que pensa, junto com outros candidatos prejudicados, em entrar na Justiça Federal em busca de ajuda.

Em nota, o IFCE informou que as provas aplicadas durante a manhã transcorreram normalmente. Nos testes da tarde, foram registradas ocorrências. O motivo foi o atraso na entrega das provas decorrente de falha em sistema informatizado da empresa terceirizada contratada. Hoje, deve ser concluído o mapeamento dos problemas nas provas de nível D, e o Instituto se manifestará sobre possível anulação do concurso para os cargos afetados. A entidade acrescentou que está tomando todas as medidas para garantir a isonomia entre os candidatos.


23 de JUN de 2014 às 08:15:02
Fonte: DIÁRIO DO NORDESTE