Até o ano passado, Carlos Alberto Gomes de Matos Mota, político experiente, exercia forte liderança em Maracanaú. Era o presidente da Câmara Municipal, tinha trânsito livre na Prefeitura e era cotado até na disputa de prefeito. Em 11 de outubro, porém, tudo mudou. Desde essa data, o parlamentar está preso no Quartel do Corpo de Bombeiros, no Bairro Conjunto José Walter, em Fortaleza.
Ele e outros 11 funcionários comissionados da Câmara são acusados de 192 crimes continuados de peculato, 192 de lavagem de dinheiro e um de associação criminosa.
A investigação tocada pelo Ministério Público do Ceará (MPCE) sobre o caso desaguou na “Operação Fantasma”, deflagrada em outubro de 2019, por meio da 12ª Promotoria de Justiça de Maracanaú e pelo Grupo Especial de Combate à Corrupção (Gecoc).
As autoridades apuram suposta contratação de servidores fantasmas na Câmara Municipal de Maracanaú e suspeita de desvio de recursos da remuneração de servidores da Casa, a chamada “rachadinha”, em que o servidor devolve parte do salário ao vereador que o contratou.