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Clubes brasileiros têm dificuldade em reduzir salário dos jogadores

No Brasil situação financeira é ponto-chave para que negociações não evoluam

O futebol parou. Por todo o mundo, as principais ligas foram suspensas devido à pandemia do novo coronavírus. E o dilema é apenas um: "Não há dinheiro para manter o espetáculo". Acostumado com altos investimentos - e dívidas - o grande desafio é seguir com o funcionamento de clubes mesmo sem jogos, bilheteria ou produtos vendidos.

No esboço da solução, sem formas de receita, a mais viável é abdicar do próprio salário para auxiliar a instituição em que trabalha. Assim, alguns times conduziram negociações internas para resolver o aporte financeiro, a exemplo de Ceará e Fortaleza, os dois cearenses na 1ª divisão.

A dupla não apenas conseguiu impor negociação rápida com os respectivos elencos, como foram os primeiros times da Série A do Campeonato Brasileiro a ter um plano. A sequência contou com Atlético/MG e Grêmio, mas parou aqui. O restante, 16 equipes, segue sem acordo.

O cenário do Brasil é oposto ao restante do globo ou dos grandes centros da modalidade. Enquanto a Federação Nacional de Atletas Profissionais de Futebol (Fenapaf) recusou a oferta de diminuição do salário em 25% realizada pela Comissão Nacional de Clubes (CNC), ídolos do futebol abriram mão dos vencimentos para aliviar os cofres dos clubes.

O argentino Lionel Messi, por exemplo, liderou a corrente de diminuição dos salários e acertou um corte de 70% no que os atletas do Barcelona recebem. O italiano Chiellini, da Juventus, convenceu os companheiros a também recuarem para garantir o emprego dos outros funcionários.

E o enredo não busca encontrar malfeitores ou heróis. Todos se incluem no aspecto da necessidade de dinheiro como sustento das respectivas famílias. No que já foi chamado de país do futebol, 82% de todos os atletas profissionais ganham até R$ 1 mil.

Aos que ganham tal quantia, fica difícil se abster do próprio bolso quando o recebido já é mínimo. Por isso, o exemplo é cobrado do alto, ou melhor, daqueles 0,28% que recebem entre R$ 100 mil e R$ 200 mil - dados de pesquisa de 2019 da Pluri Consultoria.

04 de ABR de 2020 às 09:13:07
Fonte: DIÁRIO DO NORDESTE
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O futebol parou. Por todo o mundo, as principais ligas foram suspensas devido à pandemia do novo coronavírus. E o dilema é apenas um: "Não há dinheiro para manter o espetáculo". Acostumado com altos investimentos - e dívidas - o grande desafio é seguir com o funcionamento de clubes mesmo sem jogos, bilheteria ou produtos vendidos.

No esboço da solução, sem formas de receita, a mais viável é abdicar do próprio salário para auxiliar a instituição em que trabalha. Assim, alguns times conduziram negociações internas para resolver o aporte financeiro, a exemplo de Ceará e Fortaleza, os dois cearenses na 1ª divisão.

A dupla não apenas conseguiu impor negociação rápida com os respectivos elencos, como foram os primeiros times da Série A do Campeonato Brasileiro a ter um plano. A sequência contou com Atlético/MG e Grêmio, mas parou aqui. O restante, 16 equipes, segue sem acordo.

O cenário do Brasil é oposto ao restante do globo ou dos grandes centros da modalidade. Enquanto a Federação Nacional de Atletas Profissionais de Futebol (Fenapaf) recusou a oferta de diminuição do salário em 25% realizada pela Comissão Nacional de Clubes (CNC), ídolos do futebol abriram mão dos vencimentos para aliviar os cofres dos clubes.

O argentino Lionel Messi, por exemplo, liderou a corrente de diminuição dos salários e acertou um corte de 70% no que os atletas do Barcelona recebem. O italiano Chiellini, da Juventus, convenceu os companheiros a também recuarem para garantir o emprego dos outros funcionários.

E o enredo não busca encontrar malfeitores ou heróis. Todos se incluem no aspecto da necessidade de dinheiro como sustento das respectivas famílias. No que já foi chamado de país do futebol, 82% de todos os atletas profissionais ganham até R$ 1 mil.

Aos que ganham tal quantia, fica difícil se abster do próprio bolso quando o recebido já é mínimo. Por isso, o exemplo é cobrado do alto, ou melhor, daqueles 0,28% que recebem entre R$ 100 mil e R$ 200 mil - dados de pesquisa de 2019 da Pluri Consultoria.

04 de ABR de 2020 às 09:13:07
Fonte: DIÁRIO DO NORDESTE